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Limpando, Armonizando e Transmutando

“Quanto mais tempo eu vivo, mas eu me dou conta do impacto da atitude na vida. Atitude, para mim, é mais importante que fatos. Ela é mais importante do que o passado, do que a educação, do que o dinheiro, do que as circunstâncias, do que o fracasso, do que os outros pensam, dizem ou fazem. É mais importante do que a aparência, dom ou habilidade. Ela fará prosperar ou ruir uma empresa... uma igreja... uma casa. O extraordinário é que todos os dias temos a chance de escolher como vamos encarar aquele dia. Nós não podemos mudar nosso passado... não podemos mudar o fato de que as pessoas agirão de determinada maneira. Nós não podemos mudar o inevitável. A única coisa que podemos fazer é continuar no único caminho que temos; esta é nossa atitude. Estou convencido que a vida é 10% o que acontece comigo e 90% como eu reajo a isso. E assim é com você... estamos no comando das nossas atitudes.”


Charles Swindoll


O Rei do Rádio


Nascido no interior da Paraíba, começou em sua carreira como radialista, quando trabalhou em Campina Grande.

Grande nome do rádio brasileiro que nos deixou em 2017. Confira um de seus Sucessos. Montagem feita pela Equipe.

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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Guilherme Dalmo  |  at  06:59  | Nenhum Comentário



Manduka - Manduka Aka Brasil 1500 - 1972




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Faixas:
01. Brasil 1500
02. Entra Y Sale
03. Naranjita
04. De La Tierra
05. Patria Amada Idolatrada Salve Salve
06. Oiticumana
07. De Un Extranjero
08. Qué Dirá El Santo Padre



Nasceu irremediavelmente poeta. Aos quatro anos de idade, uma tia levava-o em passeio por Copacabana quando ele saltou de sua inocência e perguntou a queima roupa, para o terno espanto dela, se o mar ficava ali de noite, e como a resposta fosse afirmativa tornou a indagar "e fazendo o quê, esperando o sol para se esquentar?". Era assim Manduka, falecido na semana que passou, ainda na força e na inspiração de seus cinqüenta e três anos bem vividos, deixando inconsoláveis seu pai o poeta Thiago de Mello, de quem herdara a veia lírica e a alma de artista, e a mãe, a jornalista Pomona Politis, que lhe passou o ardente sangue grego. Manduka era carinhoso apelido de família. Na verdade, chamava-se Manuel, em homenagem ao padrinho, o vate nacional Manuel Bandeira, íntimo amigo de Thiago, que celebrizou o menino logo ao nascer com um poema em seu Mafuá de Malungo. 

Criou-se assim, tropeçando nas pernas de poetas, escritores e boêmios, a movimentada fauna na qual o pai também pontificava no Rio de Janeiro dos anos 50. Ainda muito pequeno acompanhou Thiago em suas andanças pelo mundo, passando longa temporada no Chile, onde simplesmente cruzou com um dos maiores mitos da nossa América: morou nada menos do que numa das vivendas de Pablo Neruda, privando da amizade e do carinho do poeta já consagrado e agraciado com o prêmio Nobel. Nos jardins da quinta, o grande Neruda, bem ao seu estilo, fazia o seu show matinal para o pequeno alumbrado, tirando dos bolsos, em passes de mágica, objetos fascinantes ("Mira, Manolito...") como pássaros, conchas do mar, brinquedos de corda e fantoches, que manipulava com a graça infantil de clown de circo. Enfim, um mundo encantado que nos faz logo pensar num filme que bem poderia se chamar O Menino e o Poeta, parafraseando a inesquecível obra de Skármeta. 

Ungido e crismado nesse clima, desde o nascedouro estava Manduka fadado a trilhar uma carreira de artista. E decidiu-se cedo pela música, como poderia ter enveredado pelo desenho e a pintura, que só tardiamente abraçou, na década de 90, quando o conheci. Mas foi como compositor e letrista que se lançou e brilhou, trabalhando com o Geraldo Vandré da última fase e depois com Dominguinhos, com quem fez a conhecida "Quem Me Levará Sou Eu", que, recebida calorosamente, conquistou a láurea principal num festival da TV Tupi. Isso num tempo em que os festivais consagravam nomes como Chico Buarque e Caetano Veloso. Suas derradeiras parcerias em música se deram já na sua fase brasiliense, com o também poeta e jornalista Luís Turiba; e nos últimos meses preparava com os irmãos chargistas Paulo e Chico Caruso um show em grande estilo, que o traria de volta aos palcos do Rio de Janeiro. 

No bar da livraria Presença, chamava-me a atenção aquela figura meio sobre o bizarro, tirada a Anthony Quinn, lembrando o grego Zorba, óculos escuros e barba hirsuta. Bebericava o seu Martini sempre solitário, na verdade só de puro charme e figuração para esconder a timidez e um temperamento até certo ponto arredio, como pude concluir depois. Um dia em que se excedera nos drinks mostrou-se em todo o seu talento histriônico: assisti então a uma sua imitação absolutamente mediúnica de Manuel Bandeira, dizendo com certeira sensibilidade o "Evocação do Recife", com a mesma voz cavernosa de tuberculoso profissional, tão minha conhecida do antigo disco Festa. Entrei na roda e no papo e de repente era como se fôssemos amigos há trezentos anos e selamos ali uma amizade para toda vida. 

Depois fiz para Manduka e com sua mulher, a bela Valéria a quem ele chamava ternamente de "garça morena" um longo clip filmado nos picos rochosos dos Pireneus goianos, que virou peça de resistência do seu show Zum-Zum, com o qual fez uma cruzada de norte a sul do Brasil, tocando, cantando e conversando com os universitários. Por último, já morando em Petrópolis, onde se tornou parceiro de Alceu Valença na escrita de uma ópera popular para o cinema, começou a trabalhar também na trilha sonora do meu filme O Engenho de Zé Lins, sobre o romancista José Lins do Rego que quase conheceu, pois o autor de Fogo Morto morreu nos braços de Thiago de Mello, seu maior amigo e confidente. 

Agora a cena é outra mas trata também da passagem desta para a melhor, como dizem. Vejo Manuel Bandeira, em meio aos querubins, recebendo o afilhado, enlaçando-o numa nuvem e beijando-o afetuoso com sua proverbial dentuça. Ao fundo sua voz ressoa cava e doce, dizendo o poema do batismo de Manduka, ao dedicar aos seus pais o livro Opus 10 de sua lavra: "A Thiago e Pomona ofereço/ Meu Opus 10, exemplar A/ E com este voto ofereço:/ Deus bem-fade a vida em começo/ Do opus 1 deles, meu xará./ - Meu imprevisível xará".

Texto de Vladimir Carvalho, cineasta.

Discografia
  • Brasil 1500 (1972) IRT/ILS (Chile) LP
  • Manduka (1974) CBS (Argentina) LP
  • Manduka e Naná Vasconcelos (1975) Le Chant du Monde (França) LP
  • Brasil (1976) Edigsa (Espanha) LP
  • Caravana (1978) Le Chant du Monde (França) LP
  • Los sueños de America. Manduka e Los Jaivas (1978) Movieplay (Espanha) LP
  • Manduka (1979) CBS LP
  • Sétima vida. Manduka e Pablo Milanês (1986) Egrem (Cuba)/Polydor (México) LP
  • Eterna (1986) Independente (México) LP
  • Os estatutos do homem. Manduka e Thiago de Mello (1989) Edições Paulinas LP
  • Terceira asa (1996) Independente CD

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Para mim, música e meditação são dois aspectos de um mesmo fenômeno. Sem meditação, a música é simplesmente barulho - harmonioso, mas barulho; sem meditação, a música é um entretenimento.

Sem música, falta algo na meditação; sem música, a meditação é um pouco insípida, sem vida; sem música, a meditação fica cada vez mais negativa e tende a ser orientada pela morte.
Osho, em "O Livro Orange"

Os 10 Mandamentos de Osho 

Você pergunta pelos meus dez mandamentos. Isso é muito difícil, porque eu sou contra qualquer tipo de mandamento. Todavia, só pela brincadeira, eu estabeleço o que se segue:
1 - Não obedeça a ordens, exceto àquelas que venham de dentro.
2 - O único Deus é a própria vida.
3 - A verdade está dentro, não a procure em nenhum outro lugar
4 - O amor é a oração.
5 - O vazio é a porta para a verdade, é o meio, o fim e a realização.
6 - A vida é aqui e agora.
7 - Viva completamente acordado.
8 - Não nade, flutue.
9 - Morra a cada momento para que você possa se renovar a cada momento.
10 - Pare de buscar. O que é, é: pare e veja.(em A Cup of Tea)  (Osho)

Crie... Seja você mesmo!
Faça todas as coisas criativas, faça o melhor a partir do pior - isso é o que eu chamo de arte. E se um homem viveu toda a vida fazendo a todo momento uma beleza, um amor, um desfrute, naturalmente a sua morte será o supremo pico no empenho de toda a sua vida.
...sua morte não será feia como ordinariamente acontece todo dia com todo mundo. Se a morte é feia, isso significa que toda a sua vida foi um desperdício. A morte deveria ser uma aceitação pacífica, uma entrada amorosa no desconhecido, um alegre despedir-se dos velhos amigos, do velho mundo. (Osho)

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